Gira de Segunda (Mãe Lilian)

Nessa segunda-feira, na reflexão para a gira, Mãe Lilian falou sobre a Força de Ogum. Desde o início, percebemos, ao ouvir a batida do ponto para Ogum, que ele traz em si a vitalidade de sua força propulsora, que induz e conduz sempre a um objetivo - afinal, Ogum não sai nunca sem saber exatamente o que fazer e para onde seguir para cumprir suas missões.

Quando se deseja pedir a Ogum, não basta arriar uma oferenda sem um propósito e uma decisão. Ogum não vai fazer nada "por você", mas vai dar o rumo e a sua força para que você sinta e encontre seu caminho. Por isso, você deve colocar os elementos ao mesmo tempo em que vai dirigir sua oração, pedindo a orientação para receber a força propulsora de Ogum, de coração aberto. É preciso saber usar essa força para atingir seus objetivos, estando atento para entender que muitas vezes as respostas não são o que esperamos, mas sim o que precisamos!

Assim, para a gira, todos devem sentir suas palavras e entregar a Ogum, recebendo a força e a distinção de entender tudo o que for necessário para resolver essas situações apresentadas. Mesmo que não seja a resposta que você gostaria, será aquela que você merece.

E assim também deve perceber o quanto é importante prestar atenção aos guias que nos acompanham, conhecem e nos cuidam desde muito antes do que possamos imaginar. Assim, entenderemos o quanto estamos sendo muito bem atendidos e não precisamos sentar à frente de outras entidades para pedir conselhos!

Confira o relato completo de Pai Luiz, além dos relatos dos filhos da corrente de S. Curumataí!

Gira de Terça-Feira (Pai Gustavo)

Na gira de terça, a reflexão de Pai Gustavo de Oxóssi foi sobre sobre o barulho e o som do silêncio. Tem dia que a gente nem vive, só pensa, a mente fala tanto que fica difícil escutar o resto, e talvez o silêncio que você evita seja justamente o que você mais precisa. A mente não cala. E a gente acha que é pelo fato de que somos racionais, seres pensantes. Mas talvez não seja isso. Talvez, o motivo pelo qual a mente fala tanto é porque tem medo. A paz que buscamos talvez esteja no silêncio que vem quando a mente cala. Nesse espaço, entre um pensamento e outro, existe algo que a mente não consegue narrar: a verdadeira essência de tudo. Mais uma noite de acolhimento a toda assistência, conduzida pelo S. Ubirajara e S. Girassol na primeira parte, atendendo os pets e tutores. Na segunda parte, mais uma gira de Exús e Pomba Giras, com a vinda de Seu Sete Encruzilhadas para conduzir os atendimentos da noite ❤️‍🔥

Gira de Quarta-Feira (Pai Raphael)

Pai Raphael de Ogum conduziu a gira, já que Mãe Luane estava atendendo outro compromisso. A gira iniciou cantando à força de Ogum, em uma elevada energia, já prevendo a presença marcante dos Caboclos, que viriam na segunda parte do trabalho. Pai Raphael falou sobre a importância do autocuidado — do corpo, da mente e do coração. “Por muitas vezes deixamos de cuidar da saúde, dos sentimentos ou dos pensamentos. E para que possamos cuidar, é preciso perceber, é preciso falar, pois cada um conhece a si mesmo e sabe onde dói não é feio pedir ajuda, é necessário", refletiu.

Após esse momento de introspecção, a energia permaneceu elevada até a chegada de S. Tucumã, que trouxe com ele S. 7 Estrelas e a força de Ogum para conduzir os trabalhos da primeira parte. Os atendimentos aconteceram em três rodadas, com a força do Povo do Fogo, e as limpezas espirituais ocorreram com a energia das Águas, das Crianças e da Jurema. 

Ao final da primeira parte, S. Tucumã trouxe ensinamentos sobre aprender, observar, superar e estar sempre pronto para novas missões e desafios. Já S. 7 Estrelas falou sobre a confiança daqueles que se submetem às cirurgias espirituais — confiança que é depositada na energia do trabalho — e destacou que isso exige dedicação dos médiuns, pois os espíritos estão sempre atuando.

No segundo momento, com S. Pedra Preta em terra, foi chamada a força dos Tamoios. A energia dos Caboclos se fez presente com intensidade para encerrar os atendimentos à nossa assistência.

Gira de Quinta-Feira (Mãe Lilian)

Deitados no chão do congá, com a vibração da energia das Iabás, iniciou a reflexão da gira de quinta feira. O convite era proporcionar um encontro das emoções com a nossa consciência. Pensar a respeito de tudo que sentimos. Rever, organizar, encaminhar, perdoar, se conectar com as nossas emoções, mesmo que com dificuldades. A orientação é que esses momentos aconteçam com mais frequência, exercitando assim a nossa reforma íntima. Na sequência cantou-se para Ogum, chamando assim a força determinante para o início dos trabalhos e a chegada do S. Curumataí. 

Após a defumação, vibração e o tradicional momento do abraço, iniciaram os atendimentos das cirurgias espirituais. Nesta noite vinte e quatro pessoas buscaram o auxílio da espiritualidade em prol de sua saúde. Encerrando o primeiro momento da gira, recebemos a orientação da necessidade de os médiuns possuírem uma espada de São Jorge, elemento de força natural que estará sobre o comando com força de Ogum nos próximos atendimentos das giras. Após o intervalo, mais uma vez, a amorosa presença da Vó Benta se fez em terra. 

Quer saber o que aconteceu com a chegada da Vó? Confira o relato completo de Pai Amilton.

Gira de Sexta-Feira (Mãe Luana)

Em uma noite de gira neutra, a corrente de S. Serra Negra iniciou os trabalhos de forma especial, acolhendo os novos filhos da casa. Durante o ritual de amaci, as forças de Iemanjá e Iansã se fizeram presentes com intensidade, fortalecendo a conexão espiritual dos médiuns que iniciam nessa caminhada. A assistência foi recebida para os trabalhos de vibração e momento de cura, com caboclos de Xangô e Oxóssi, além dos Pretos Velhos.

Com sua chegada, o Boiadeiro trouxe ensinamentos sobre a grandiosidade da terra divina que pisamos. Explicou que os espíritos não estão limitados a uma única região, mas sim onde sua presença é necessária, sempre preservando sua regionalidade em essência. Também nos fez refletir sobre o processo de crescimento espiritual, comparando-o ao ciclo de plantar, germinar, cuidar e colher.

Com essa reflexão, nos convidou a, a cada dia da semana, trazer em pensamento a energia de um Orixá e a viver dias iluminados. Isso não significa necessariamente um dia ensolarado, pois mesmo sob um céu nublado podemos nos iluminar. Afinal, se iluminar é praticar boas intenções com responsabilidade 🐂