Gira de Segunda (Mãe Lilian)

Nessa segunda-feira, Mãe Lilian de Iemanjá trouxe uma reflexão maravilhosa sobre a Bússola da Vida! A determinação para realizar deve sempre partir de nós. Pedir ajuda aos guias é bom, pois eles sempre vão poder nos atender. Eles só não podem fazer por nós ou em nosso lugar. Eles respeitam as leis do Livre-Arbítrio e a Lei do Retorno. Por isso, não podem viver nossas decisões e problemas. Mas, por toda sabedoria da ascensão que cada guia espiritual possui em sua caminhada e justamente por te acompanhar e proteger durante toda a sua vivência, eles estão sempre prontos para orientar. É dessa forma que nos trazem as direções possíveis a seguir, mostrando assim a Bússola da Vida; porém, é aí que caberá somente a você a tomada de decisão sobre qual rumo tomar e a direção a seguir. Não é como uma bússola normal que sempre indica o norte, mas sim nos mostrando todas as nossas situações de vida. E é então que, compreendendo que rumo precisamos tomar, devemos escolher o que será necessário naquele momento de nossa vida. Assim, se for nossa saúde, devemos cuidar da saúde, bem como se for financeiro ou emocional, devemos arcar com essa necessidade e dedicarmo-nos a resolver essa situação de vida.

Jamais será possível seguir mais de uma direção ou tentar atender mais de uma situação, pois será perda de tempo precioso em nossas vidas. Bem como não podemos esquecer das demais e seguir uma única direção ou situação, pois a vida é pulsando e literalmente viva! Assim como pessoas e locais são mutáveis e fazem parte de momentos distintos, assim como os Anjos que vêm e se vão de nossas vidas. Devemos aprender a ser gratos e seguir na caminhada, sempre ajustando as direções da nossa Bússola da Vida Viva 🧭

Confira o relato completo de Pai Luiz, além dos relatos dos filhos da corrente de S. Curumataí abaixo!

Gira de Terça-Feira (Pai Gustavo)

Por conta de um problema de saúde, Pai Gustavo de Oxóssi não conseguiu estar presente. Mãe Cristina de Iansã conduziu os trabalhos na gira voltada aos animais, abrindo os trabalhos com uma reflexão sobre nosso Pai de Cabeça - o orixá que guia nossos caminhos na caminhada pela evolução espiritual. Ela fez relação entre essa força ancestral e espiritual com nossos laços de sangue, com quem nos ensinou a dar os primeiros passos, a falar, quem nos direciona nos caminhos terrenos em busca daquilo que desejamos. Quando estamos na beira do mar, quem é que nos ajuda a dar o primeiro passo para saber se é muito fundo? Se a água está muito gelada? Se é possível nadar? E quem é que nos ensina a nadar? Assim como confiamos nestas pessoas, seja um pai, mãe, avó, tio, também podemos confiar nossos pensamentos ao nosso Pai de Cabeça, a quem cuida de nossa coroa, nosso Orí. Devemos zelar pela sua companhia e pelos seus direcionamentos em nossa vida, que às vezes podem chegar como intuição, como uma visão ou como um sinal material. Termina a reflexão e os secados da semana, Mãe Cristina deu início ao rito inicial. Após a saudação ao S. Curumataí, S. Pena Branca e Seu Ubirajara, S. Girassol chegou para conduzir os trabalhos. S. Flecha Dourada também chegou, com toda a força dos caboclos de Oxossi. Ogum do Oriente, Curumins e Pretos Velhos trabalharam a cura dos pensamentos acelerados, das angústias e dos medos que carregamos. Sua paz, alegria e sabedoria ancestral abraçaram o terreiro, trazendo calma e paz interior para os assistidos. As forças de Oxum e Iemanjá também estiveram presentes, atuando na limpeza espiritual. Na segunda parte, Vovó Benedita conduziu a gira de Caboclos  - espíritos que atenderam os consulentes em suas questões pessoais e espirituais. Para fechar a noite, a força de Iansã atuou na limpeza final dos trabalhos da noite ⚡

Gira de Terça-Feira (Corrente Ilha do Mel)

A gira na casa das águas começou com uma reflexão sucinta, inspirando e expirando sobre o nosso valor pessoal. Quando abordamos autovalor, não se trata apenas de amar a si mesmo, mas de declarar a si mesmo ao se levantar que és digno e capaz de alcançar o que almejas, apenas você determina o seu próprio destino. Seu Sete Flechas conduziu a gira com uma energia revitalizante, chamando a força propulsora dos caboclos de Ogum para o passe energético. Após a subida dos caboclos de Ogum, a energia de Oxóssi e Iemanjá transmitiram conforto ao momento da cura, enfatizando que a beleza da vida é a travessia serena. No entanto, quem não faz isso com serenidade, mergulha de cabeça sem saber o caminho que está a seguir. Finalizamos a primeira parte com a força de Iansã, iniciando os atendimentos sob a direção de Seu Sete Flechas. Surpreendentemente, para a surpresa de todos, a continuidade dos atendimentos foi realizada com os Baianos e Baianas, que emanaram, através dos sorrisos, danças e risadas, a alegria. Encerramos a cangira com a subida dos Baianos e sentimento de gratidão a todos aqueles que estiveram conosco 🥥

Gira de Quarta-Feira (Mãe Luane)

Conta-se que, se colocarmos um sapo em uma panela com água fria e, aos poucos, formos aquecendo essa água, ele permanecerá ali. O calor vai subindo devagar, e o sapo se adapta. Seu corpo responde, ele ajusta sua respiração, seu metabolismo. Ele resiste, se acostuma. Só que chega um momento em que a água ferve. E quando isso acontece, já é tarde demais. O sapo perdeu a força para saltar. Quantas vezes nos adaptamos a situações desconfortáveis, desgastantes ou até mesmo abusivas, porque “dá pra aguentar mais um pouco”? Vamos ficando, resistindo, nos convencendo de que está tudo bem — quando, na verdade, o calor está aumentando e estamos nos exaurindo. A capacidade de se adaptar é uma virtude. Mas, quando usada sem consciência, pode se transformar numa armadilha silenciosa. Nem sempre aguentar mais é sinal de força. Às vezes, é preciso coragem para sair da água antes que ela ferva. Após a reflexão, Mãe Luane iniciou o ritual com alegria junto a nossa corrente e assistência. Já em terra, S. Caboclo do Mar junto com os caboclos de Ogum, realizam o atendimento das macas em duas rodadas, finalizando a primeira parte com a força de iansã. Ao segundo momento, os ciganos trouxeram alegria e leveza para as consultas ao segundo momento da gira, e para finalizar a força da energia dos Baianos 🥥

Gira de Quinta-Feira (Mãe Lilian)

A gira de quinta-feira, excepcionalmente nessa semana, foi conduzida pelo Pai Raphael de Ogum e o Pai Amilton de Oxóssi. Na reflexão inicial, aproveitando a energia de uma gira de Pretos Velhos, Pai Amilton trouxe um “causo” como fio condutor para esse momento. Contou uma história de um pequeno menino que tradicionalmente passava suas férias na casa dos avós. Era uma viagem longa que era feita todos os anos de trem. Como um momento muito aguardado, o menino contava o tempo para esse evento especial. Com o passar dos anos, e acreditando que já era grande o suficiente, o menino certa feita pediu aos pais para viajar sozinho. A família concordou e organizou tudo que era necessário para a viagem. No dia do embarque, depois de despedir do menino, os pais falaram sobre o amor que tinham, a confiança e sinalizaram que, caso o menino se sentisse saudoso, no bolso do casaco tinha uma carta escrita por eles. A viagem iniciou, o tem partiu e, já nos primeiros momentos aquele menino que achava que daria conta de tudo, começou a sentir-se inquieto. Foi então que lembrou da carta e ao abrir o papel se deparou com a mensagem: “Você não está sozinho! Estamos no último vagão.” Assim muitas vezes é a nossa vida. Por diversos momentos nos sentimos sozinhos nos trilhos e esquecemos de todos os vagões que nos acompanham. A importância de valorizar, com sentimento de gratidão, todos os nossos antepassados. Que possamos visitar os nossos vagões, sabendo que nunca estamos sós e nem desprotegidos. Na sequência aconteceu o rito inicial, defumação e vibração com uma assistência sempre presente. Entoou-se com força e determinação os pontos de Ogum, saudando S. Curumataí chefe do nosso congá. Veio em terra a força do caboclo de Ogum na presença do S. Tucumã para conduzir os trabalhos ⚔️ 

Quer saber o que aconteceu com a chegada de S. Tucumã? Confira o relato completo de Pai Amilton abaixo!

Gira de Sexta-feira(Mãe Luana)

“Mais uma vez, meu pai Xangô me ajudou. Nesse terreiro, vou cantar em seu louvor!”

Em mais uma sexta regida pela força de Xangô, a corrente de S. Serra Negra deu início a gira de Pretos Velhos.

Desde o começo do ano, S. Serra Negra propôs um compromisso com a assistência: buscar sua própria justiça por meio do autoconhecimento, do discernimento necessário para reconhecer o que precisa ser transformado e de se reconhecer como um ser divino, pois essa é a verdadeira justiça divina: ser feliz sendo quem se é. Para isso, o tratamento segue um ciclo de 7 semanas, com a firmeza de uma vela marrom e uma pedra jaspe vermelha.

Após o passe com os caboclos de Xangô, Ogum e Oxóssi, e limpeza com Iemanjá, Oxum e Iansã, a primeira parte do trabalho foi finalizada, sustentada e equilibrada pela força de Oxalá. Saravá as Sete Linhas da Umbanda!

Os consulentes foram acolhidos pelos Pretos Velhos, que com sabedoria e amor, trouxeram seus ensinamentos. As Crianças foram chamadas por Vó Chica em seguida, para trazer alegria, consolo e esperança aos corações de todos.

“Xangô é meu guia, é meu protetor. Na tristeza e na alegria, nunca me abandonou.”