Gira de Segunda (Mãe Lilian)

Naquela noite de segunda-feira, a casa de Umbanda Vovó Benta estava, mais uma vez, imersa em um clima de amor. O aroma de ervas e defumações preenchia o ar, enquanto preces ecoavam em um som contínuo pelo ambiente. Além da poderosa presença dos caboclos de Oxóssi, que atuavam em nosso bate folhas, tivemos a honra de receber os pretos velhos. Com passos lentos e firmes, eles se aproximaram dos assistidos, trazendo consigo a rica sabedoria adquirida ao longo de muitas existências. A energia que irradiava era uma combinação de ancestralidade, paciência e profundo conhecimento. Logo após, chegaram os erês trazendo sua leve e brincalhona energia. Seus movimentos eram ágeis e suas risadas, contagiantes. Essa união entre a profundidade dos Pretos Velhos e a vivacidade dos Erês resultou em uma harmonia perfeita, como uma dança de sabedoria e inocência. Após um breve intervalo, teve início a segunda parte da gira, que contava com a presença dos baianos e do espírito Zé Pelintra - que, com seu chapéu característico e seu charme descontraído, trouxe uma mistura de jovialidade e sabedoria prática. Seus conselhos eram diretos, repletos de muito humor e uma profunda compreensão da vida. Sua presença lembrava a todos que, mesmo nas adversidades, sempre existe espaço para transformação. Os baianos, com suas danças, ajudavam a criar uma atmosfera festiva e animada. Ao final da noite, todos saíram com conselhos e orientações e também uma boa dose de diversão, reforçando a importância de manter o ânimo elevado, mesmo diante dos desafios da vida.

Gira de Terça-Feira (Mãe Luane)

Nessa semana foi a vez da Mãe Luane de Iemanjá conduzir a gira dos animais, junto de toda hierarquia e corrente de terça-feira. Pai Gustavo ainda estava afastado para recuperação médica. Na primeira parte da gira, Seu Caboclo do Mar emanou as energias de Ogum e Oxóssi - que muitas vezes caminham juntas, em irmandade, para acolher a todos com sabedoria, coragem e destreza. Além dos caboclos de Oxóssi, as forças das matas estiveram todas em terra, com a limpeza das caboclas Jurema e a cura dos curumins. A alegria dos erês esteve presente, emanando luz e alegria. Os ventos de Iansã fecharam a primeira parte da gira. Após o intervalo, Vovô Conrado conduziu os atendimentos aos consulentes - que se consultaram com pretas e pretos velhos. Assistência e corrente aprenderam mais sobre o amor aos irmãos, sobre o acolhimento próprio e do próximo, e sobre o poder do abraço - que une coração com coração, assim como S. Curumataí sempre ensina.

Gira de Terça-Feira (Corrente Ilha do Mel)

As giras de umbanda do TVB na Ilha do Mel acontecem às terças, 16h, em Encantadas - atrás da Escolinha e da Pousada Abayomi (João Lino e Marina). Na última gira, a corrente recebeu a presença da Mãe Lilian de Iemanjá, Pai Wilhiam de Oxóssi, Ogã Bruno de Xangô e Capitã Liliane de Iansã. A gira também contou com a renovação de amaci dos filhos da corrente da Ilha do Mel.

Gira de Quarta-Feira (Mãe Luane)

Em mais um dia de gira na quarta-feira, os trabalhos começaram para acolher todos dentro do terreiro. Do início ao fim, o movimento realizado pelos filhos de Umbanda junto aos espíritos tornou possível o atendimento de cerca de 30 cirurgias espirituais presenciais, 50 consultas com Exus e Pombagiras e mais de 150 pessoas, dentre assistência e médiuns girantes que trocaram não só sua energia, mas seu amor e fraternidade durante todos os ritos sagrados.

Gira de Quinta-Feira (Mãe Lilian)

A gira desta quinta-feira recebeu uma visita especial com Pai José na segunda parte, conduzindo os trabalhos dos Caboclos de Oxóssi. O preto velho trouxe o ensinamento da peneira, assim como o filósofo Sócrates. Ensinou que para acabar com o mal, que vem de fora para dentro ou o contrário, é preciso reconhecer se aquilo é uma verdade; depois se fará bem para si mesmo e na sua evolução, e por fim se é benéfico para os outros. Se não passar por esses estágios de forma positiva, deve ser encerrado.

Gira de Sábado (Mãe Luane)

Em mais um fechamento da semana, a corrente do Caboclo do Mar esteve presente de alma e coração aos trabalhos mediúnicos. De mesma forma, o próprio Caboclo regente da gira se pôs em conversa com os filhos, explicando sobre a quebra de demanda realizada em todas as giras: em grande maioria, as demandas quebradas estão nas energias transformadas, pensamentos obsessivos consigo e com o outro, sentimentos de rancor, tristeza profunda, inveja, entre outros - esclareceu que o trabalho essencial passa por muitas vezes despercebido pelos olhos que muito buscam ver, mas corações que pouco buscam sentir. Para fechar a gira, Vó Ana e os pretos-velhos inundaram o terreiro com amor e simplicidade, ensinando sobre o que se semeia para si.