Revista Digital
Edição #
21
9 de dez. de 2024
à
17 de dez. de 2024
2024 foi o ano do movimento no Terreiro de Umbanda Vovó Benta! Nossos projetos foram ampliados e agora contam com mais modalidades. A ideia é fazer com que todas as atividades sejam um reflexo da essência da Umbanda: luz, som e movimento. E esse movimento é o da sagacidade, em aprender cada vez mais. Seja no Jongo, no Tai Chi Chuan, na Dança Afro Contemporânea ou na Dança Cigana, o importante é se jogar! E as novidades não pararam por aí. As refeições, preparadas com amor e carinho por nossos voluntários, agora alimentam o corpo e a alma de ainda mais famílias. O Sopa de Axé alcança quem está no Tatuquara, com o apoio fundamental de nossos parceiros. Para o refúgio da mente e da criatividade, novas aventuras chegaram à Biblioteca do Pai José para você embarcar em novas histórias; e de ponto em ponto, o Artesanato Solidário preencheu as tardes de terça-feira com boas risadas, criatividade e desafios especiais. Os finais de semana, como uma verdadeira Casa de Vó, contaram com as crianças da Escolinha de Umbanda, os jovens no Projeto X, além de musicalidade aflorada nas aulas de Canto e Atabaque no Terreiro. E tudo isso foi registrado aqui: na Revista Digital do TVB, que foi mais do que uma nova guia em nosso site. É um registro da memória do Terreiro, que completou 11 anos em 2024 e agora conta com um espaço para recordarmos tudo aquilo que a união é capaz de realizar!
E para encerrar o ano, o TVB realizou a 12ª Festa de S. Zé Pilintra. Foi nela que todos os projetos da casa se apresentaram e demonstraram sua evolução durante os meses de práticas junto de seus professores. Todos esses aprendizados se reúnem e demonstram a pluralidade de culturas e movimentos - assim como a figura de S. Zé Pilintra nos ensina a partir de suas múltiplas vivências, que trazem a força de Preto Velho, de Exu, de Médico, de um Oriental… Cada uma reflete uma passagem na terra, em outros tempos, com muita sabedoria, força, cultura e axé de todos os povos.
Neste ano, além da apresentação de todos os projetos, tivemos também a presença da Escola Mocidade Azul - que trouxe não só as suas cores, as mesmas do TVB (azul e branco), mas também a sua força e seu espírito, a ancestralidade do samba, da Umbanda, da espiritualidade como um todo. A cerimônia de troca de cordas, sendo o batizado de todos os capoeiristas da Escola Zungu, também esteve na programação da festividade. A escola, que tem sua sede em São Paulo, é parceira do TVB e tem na condução o Mestre Cacá; nas aulas ministradas no TVB, quem ensina é a contramestra Pitanga. Ambos estiveram presentes na cerimônia, além de todos os demais mestres, deixando a nossa festa ainda mais cheia de axé. Finalizando a celebração de mais um ano, homenagens fecharam a festa e destacaram o amor que sentimos e a admiração por aqueles com os quais temos sempre o prazer de aprender. Que possamos acolher os aprendizados de 2024 e nos permitir às novas colheitas de 2025!
Confira os detalhes da última semana de trabalhos do ano no Terreiro em mais uma edição da Revista Digital TVB. Boa leitura e nos vemos em breve, na Casa da Vó! 👵🏾
Ao longo de suas primeiras 21 edições, nossa Revista foi construída com muitas mãos. Desde quem fotografa a rotina dos projetos e das giras de Umbanda, quem registra a pesagem dos alimentos doados pela Xepa Solidária, que organiza os materiais produzidos e quem revisa tudo que foi escrito. São dezenas de voluntários envolvidos na produção, edição e diagramação do nosso informativo semanal, para que você possa conferir tudo que acontece na Casa da Vó Benta!
Nessas edições, assinam o expediente: Equipe de Edição: Mãe Lilian, editora-chefe / Everton Renaud, produtor e editor Executivo / Mariana Souza, redação / Vitória Serra, diagramação. Colaboradores: Thaissa, fotos e textos das giras de segunda e quinta-feira / Fernando, fotos e textos da gira de terça-feira / Helenita e Mãe Juliana, fotos e texto da gira de terça-feira na corrente da Ilha do Mel / Jessica e Mary Guedes, fotos e textos da gira de sexta-feira / Mãe Luane e Pai Raphael, textos e fotos das giras de quarta-feira e sábado / Geórgia e Alef, vídeos das reflexões. Apoio na criação: Coordenadores dos Projetos TVB, que enviam seus textos e fotos.
Giras
Gira de Segunda (Mãe Lilian)
Gira de Terça-Feira (Pai Gustavo)
A última gira do ano, da corrente do Caboclo Ubirajara, contou com o já tradicional atendimento aos pets e seus tutores. Na segunda parte, uma linda gira conduzida por Exus e Pomba Giras. Ao final houve o descarrego e energização de imagens religiosas, chaves e demais objetos que a corrente e a assistência trouxeram. Logo após o encerramento da gira, a corrente fez uma surpresa para Pai Gustavo e Mãe Cristina, com a leitura de uma carta agradecendo pelos trabalhos do ano, e entrega de uma cesta com mimos.
Gira de Quarta-Feira (Mãe Luane)
Gira de Quinta-Feira (Mãe Lilian)
Na gira de quinta-feira de S. Curumataí, a energia de força refletiu em todos os atendimentos e trabalhos nas cirurgias espirituais. Após os trabalhos mediúnicos da primeira parte, com a presença das sete linhas da Umbanda, houve também a gira de Exu – conduzida por S. Tranca Rua das Almas. Como de costume, na última semana de giras do ano, os espíritos trabalharam no descarrego de objetos trazidos pela corrente e assistência. Depois, os itens foram novamente energizados para proteção de quem porta ou do ambiente no qual é colocado.
Gira de Sexta-Feira (Mãe Luana)
Já a última gira de sexta-feira do ano começou com um sentimento de reflexão e renovação. Mãe Luana e Pai Gustavo entregaram as cartas que os médiuns da corrente escreveram na última gira de 2023, quando foram orientados a escrever suas metas e objetivos para 2024. Ao relembrarem, puderam refletir sobre sua evolução, as conquistas alcançadas e as vezes em que precisaram recalcular a rota, mudar de planos e traçar novos objetivos. Além das metas individuais, também relembraram os objetivos da corrente, reforçando o pedido de S. Serra Negra durante o ano sobre a importância do comprometimento nos trabalhos e do fortalecimento como corrente.
Durante os trabalhos da ferradura, o caboclo de Xangô reforçou a importância da postura diante das dificuldades, enfrentando com o peito e o coração abertos, prontos para aprender com os desafios, sempre com honra e dignidade. Na segunda parte, após os atendimentos, reenergização de materiais cruzados e passagem de capas, S. Exú do Ferro reuniu a corrente e como símbolo de sua proteção, foi entregue um prego a cada um, representando seu elemento. A orientação foi de lembrarem sempre da sua história e da sua essência nos momentos de aflição, mentalizando sua força para guiá-los e protegê-los.
Gira de Sábado (Mãe Lilian)
Gira de Encerramento 2024 (Mãe Lilian)
A gira de encerramento trouxe não só a força de todos os espíritos que regem o Terreiro, mas também a união e a reflexão de que todos são capazes de ampliar a alma com a ajuda da espiritualidade e da ancestralidade. Na primeira parte dos trabalhos, Seu Curumataí conduziu a força das sete linhas para que todos pudessem sentir o quanto é necessário equilibrar essas energias, com a luz de todos os orixás. Indicou para que a corrente e assistência possam, sim, se desapegar de todas as coisas que atrapalham a evolução – principalmente os pensamentos que nos impedem de crescer e de ampliar. Os trabalhos seguiram por conta da Vó Benta, que também veio em terra para abençoar a todos, trazendo uma reflexão profunda sobre a verdade: é a única coisa que para em pé; a mentira nos desgasta e nos desgraça de uma maneira tão intransigente que depois não conseguimos retornar. Assim, é imprescindível que isso não seja continuado, pois tudo aquilo que a gente pratica periodicamente se fortalece. A verdade deve ser sempre a nossa única prática para que estejamos sempre amplamente equilibrados. Na sequência, Seu Zé Pilintra chegou, com o som de 21 berimbaus e a benção de tantos mestres que estavam ali. S. Zé abençoou a corda de todos que passaram pela graduação na capoeira e fez uma analogia com o beija-flor: a evolução da consciência, para garantir confiança para seu seu corpo, passa pelo equilíbrio de todo o seu peso em apenas uma mão, um braço – assim a capoeira nos ensina, sendo uma busca incessante pelo equilíbrio da mente e do corpo. Para finalizar a noite, corrente e assistência receberam a visita de Seu Tata Caveira no terreiro para uma bênção final. Ele conversou com todos sobre a questão da verdade e fez o trabalho de fechamento do ano de 2024.
Gira de Encerramento 2024 Ilha do Mel (Mãe Lilian)
Projetos esportivos
Dança do ventre
Para fechar o ano com chave de ouro, as alunas se apresentaram na festa do S. Zé - que ocorreu no último fim de semana. A performance única e cheia de simbolismo, criada pela professora Cris Farah e suas alunas, celebra a união, o acolhimento e as raízes culturais. Nesta dança, o tecido que se encontra no chão transforma-se simbolicamente no mar e, em seguida, na tenda que acolhe gerações de mulheres, desde a bisavó até as bisnetas, em um gesto de amor e pertencimento, tal como aprendemos com a Vó Benta. Cada elemento teve um significado profundo: a força do mar e do vento é evocada pela bandeira de Iemanjá; as espadas que são usadas pelas dançarinas, e que são parte das coreografias árabes, simbolizam a coragem e a proteção representando a força do Caboclo Curumataí; e os véus coloridos representam as sete linhas que conectam todos em harmonia. A performance nos convida a refletir sobre a importância da ancestralidade, da família e da coletividade. No grand finale, a formação de um túnel onde 'todos somos um', passando por debaixo das espadas em um gesto de união e respeito.
O projeto da Dança do Ventre desabrochou e cresceu muito ao longo de 2024. Foram mais de 40 mulheres que passaram pela sala de aula, palcos abertos e teatro, brilhando intensamente. Juntas representaram a cultura árabe, a casa da Vó Benta, mulheres incríveis da história e a ancestralidade. Foram momentos de muita emoção, dedicação e cumplicidade, mostrando que unidas são muito mais fortes. A Dança do Ventre é um convite à descoberta e à interpretação, que vai muito além do ritmo que ela expressa.
Dança cigana
“Que os projetos continuem tocando e mudando para melhor o coração das pessoas, unindo povos, ritmos e, principalmente, reverberando luz!”, são os votos da professora Luciane Rodrigues, que conduziu os encontros da Dança Cigana no TVB.
O retorno do projeto para as alunas vai além das aulas de dança. As noites de segunda passaram a ter mais cores - seja na roupa ou nos adereços. A postura mudou e ganhou mais confiança, assim como a autoestima. Força na autenticidade e leveza no sorriso também se fizerem presente. Dançar cura, eleva a alma, permite a reconexão, possibilita novas amizades, amplia o campo de visão para o mundo e favorece a troca de experiências. Que 2025 traga ainda mais beleza e encanto aos projetos culturais da Casa da Vó!
Depoimentos das alunas do projeto Dança do Ventre 💃🏼
Rosangela Regniel: Dança Cigana para mim é energia, alegria e liberdade, além do ritmo ser contagiante. A professora ensina de uma maneira que faz com que eu consiga expressar minhas emoções profundas através dos movimentos. Fazer a aula é muito gratificante, a espiritualidade está presente de uma maneira que tudo fica mais leve e alegre.
Solange Almeida: A Dança Cigana artística para mim é sinônimo de leveza e alegria. Me traz paz e me estimula a persistir em superar meus limites. E vai além disso, pois me apresentou a Luciane Rodrigues, nossa Profe. Lu! Uma pessoa incrível, amiga e excelente profissional! As segundas-feiras são especiais. Mesmo depois de um dia de trabalho cansativo, ao chegar na aula de dança tudo se renova. A amizade construída nesses momentos, o acolhimento, não tem palavras para descrever!
Alessandra: A Dança Cigana para mim é expressar toda feminilidade que às vezes escondemos na correria da vida. É ser absoluta dentro desse vasto universo de alegria, cores e sensualidade. É despertar o amor próprio e a certeza da mulher que se é! A professora Lu sabe como ninguém envolver a todas as suas alunas, não somente com a dança mas com o A"Cor"DAR (trocadilho das aulas) perante todas as dificuldades da nossa vivência! Só veio a somar com todos os aprendizados da Seara da Vó Benta!
Liz Goldstein: Quero expressar minha profunda gratidão por este ano tão especial. As aulas de dança cigana foram uma verdadeira magia na minha vida. Aprendi muito além dos movimentos: mergulhei em uma essência ancestral que me reconectou comigo mesma, com minhas raízes e com o poder do sagrado feminino. Cada aula foi uma experiência transformadora, que trouxe mais luz, força e amor para o meu caminho. Que o próximo ano seja ainda mais mágico para todos nós! A sabedoria e energia da professora são inspiradoras, e sou imensamente grata por tudo que compartilhamos. Que possamos continuar caminhando juntas, celebrando a magia que é viver e aprender!
Eliane Machado: A Dança Cigana é a realização de um sonho pra mim. Desde que foi anunciado nas giras, pensei “tomara que eu consiga fazer as aulas devido aos horários”. A espiritualidade, bondosa que é, escolheu o horário perfeito pra mim. A dança é a prática do que aprendemos com os nossos guias, é cultura e temos muito a aprender. Não é só aprendizagem de movimento e sim cultura de um povo ancestral. Amo me preparar para as aulas, escolher os acessórios, as saias, maquiagem e estar ali. Ser recebida com muito carinho por todas, ser acolhida e guiada pela professora que nos impulsiona e nos ensina não só os movimentos, mas a garra feminina de viver, amar e se conectar com o divino.
Giovanna Tomiak: A dança cigana é um bálsamo na minha vida. Tantas vezes penso em não ir de tão cansada; emocionalmente, principalmente. Mas quando chego no TVB já começo a esquecer tudo aqui fora e tenho momentos de relaxamento e cura da minha alma, da minha criança interior tão triste e rejeitada. Encontro abraços e sorrisos, e sei que posso dançar e sorrir sem medo de ser punida, sem medo de ouvir ofensas e preconceitos pelo fato de eu ser gorda, mais velha, sem me sentir vulgar. O importante para mim, hoje, é não desistir da dança, pois eu sei que encontro a calma, força, conforto, coragem, superação e felicidade que a dança me dá.
Cristiane Basso: A Dança Cigana é a realização de um sonho com uma fada madrinha chamada Luciane. Aprendizado em vários sentidos: sorriso, acalanto e abraço por meio das saias, da feminilidade, dos movimentos, dos ritmos, dos acertos e dos erros. Uma experiência incrível que levarei no coração.
Amo a dança cigana! Desperta a cigana que está em mim, saudando a cigana que está em você!
Bruna: As aulas de dança cigana são um verdadeiro refúgio para minha alma. É onde me sinto acolhida, como se cada movimento me dissesse que sou a prioridade da minha própria vida, onde consigo reservar este tempo pra mim. Agradeço a professora por compartilhar dessa energia de força, alegria e ancestralidade. A cada giro e melodia, sinto meus sentimentos transmutando, transformando o que é pesado do dia em leveza, o que é dor em liberdade. É um espaço de conexão profunda comigo mesma, onde meu corpo e espírito dançam em harmonia. É autocuidado!
Neli Bueno: Eu estava desistindo de dançar e de me apresentar, mas outras alunas me apoiaram a fazer. Fui meio a contragosto, mas naquele primeiro dia me senti muito bem na aula. A professora me passou uma paz que fazia tempo que eu não sentia com relação à dança. Estava meio desmotivada a continuar. As energias da dança cigana junto com a professora e as meninas, que me acolheram com muito carinho, me fizeram continuar. A cada passo era como se toda a energia negativa fosse embora. Hoje me sinto tão bem com esse grupo que não penso em largar tão cedo. Agradeço a todas pelo acolhimento e carinho a prof Lu pela sua paciência, seu carisma e paz que ela transmite a todos que estão ao seu redor.
Dança Afro Contemporânea
A modalidade dança afro-contemporânea foi inserida em 2024 no TVB, com sete aulas e uma apresentação especial estreante na 12ª festa do seu Zé com muita alegria. Dançar o afro é honrar a ancestralidade e trabalhar o físico, a mente, com ritmo alegre e contagiante somados à energia ancestral; o contemporâneo é a soma de outras linguagens da dança fazendo do Afro uma arte!
Depoimentos das alunas do projeto🕺
Neia: Quero dizer que a alegria e o entusiasmo da professora me fez ter coragem! Sou grata por tê-la conhecido.
Laura Franca: Eu resgatei mais da minha ancestralidade com as aulas da professora Jeanne. Muito obrigada pelo projeto!
Jongo
O Jongo é dança, é alegria, é ancestralidade, é descarrego. Jongo é história e memória. E nesse ano de 2024 vivemos e conhecemos um pouquinho de tudo isso que o Jongo proporciona. Muitos sorrisos, balanços, pé no chão buscando sentir as raízes recarregando. A batida do tambor vibrando e curando, alegrando a alma e colorindo a vida. O Jongo vibrou e alcançou todos que se permitiram o prazer de se conectar com essa essência ancestral. Viva o Jongo na Casa da Vó! 🪘
Capoeira infantil
Ensinamos em 2024 aos nossos pequenos a arte de expressar seus sentimentos, emoções e pensamentos. A escola cultural Zungu Capoeira, em parceria com o TVB, promove desenvolvimento integral, sobre a influência de estímulo social, musical, cultural e de movimento, de acordo com a demanda de cada criança, fazendo-as constituir uma linguagem de interação com o meio em que vivem. Agradecer é a palavra para descrever um pouco do sentimento que foi viver com nossos pequenos, pais, mães e tutores 🤸
Às vezes a prática da capoeira
é um passeio através de todas as formas de fazer capoeira.
Às vezes a prática da capoeira
é um simples caminhar.
Às vezes a prática da capoeira
é devolver a calma à respiração.
Às vezes a prática da capoeira
é apenas a escuta sincera do coração
Às vezes a prática da capoeira
é uma inversão profunda do olhar
Às vezes a prática da capoeira
é permanecer em pé
Às vezes a prática da capoeira
é o próximo passo.
Às vezes a capoeira é um sorriso de criança,
é um abraço de criança, o balanço de uma criança.
Capoeira adulto
Quase dois anos de uma linda caminhada nesse chão sagrado, ensinando às pessoas o movimento da capoeira que traz a cada ser humano a sua identidade. A relação com a capoeira dentro desse espaço, além da parte corpórea, que é de excelência, traz como objetivo principal mudar a relação consigo mesmo e com os outros. De forma simples e profunda usamos a potência da capoeira para ressignificar a relação com o seu corpo, mente e espírito. Impulsionamos nossos alunos a uma vida onde o seu centro de poder é potencializado e transborda em todos à sua volta. A capoeira do sentir, do perder o medo. Ser o que se é e não o que o outro quer. Em 2024, levamos pessoas a viver as suas verdades. E o resultado dessa filosofia está em 70 alunos que a cada dia encontram seus lugares. Na casa de capoeira Vovó Benta comemoramos quem somos! Ensinamos uma capoeira com alto nível técnico, mental e espiritual 🤸♂️
Projetos terapêuticos
Terapias integrativas
Última semana de atendimentos de 2024, antes do tradicional recesso do TVB. Com muito acolhimento no Santuário Vovó Benta, as equipes Lavanda e Capim-Limão conduziram as terapias integrativas e complementares - representadas, ao todo, por seus 32 terapeutas voluntários, que atenderam 56 assistidos presencialmente. Outras 127 pessoas, além de 10 pets, também foram beneficiadas pela energia Reiki via atendimento à distância. Ao finalizar as sessões da noite, as equipes compartilharam suas impressões sobre 2024 e expectativas para 2025 diante das terapias. Os trabalhos do ano foram intensos, o que exigiu preparo dos terapeutas. E, conscientes, estão se preparando ainda mais para o novo ano! 🍋🪻
Ale Hay: Timidamente, por convite da Mãe Cris de Iansã, iniciei minha jornada como voluntário no Espaço Terapêutico Pai José, ao fim desse ano, e posso afirmar que participar como terapeuta fez grande diferença em minha vivência. É um momento total de conexão com nosso interior, com nossos corpos astrais e de doação e recebimento de muita luz! Como experiência pessoal, consegui aplicar o Reiki na Maju, nossa menininha que nos ensina tanto sobre ressignificar a dor. O depoimento de sua mãe foi emocionante. Só agradeço por ter sido o canal que permitiu que ela aceite agora receber o Reiki.
Tai Chi Chuan
O encontro da semana também foi a aula de encerramento de 2024. Muita alegria, descontração e crescimento interior com as práticas de Tai Chi! Os alunos foram parabenizados pelo instrutor por concluírem o ano de 2024 com muita garra!
Projetos sociais
Xepa e Feira Solidária
Em 2024, mais de 26 toneladas de hortifruti passaram pela Xepa e Feira Solidária, projetos que caminham juntos; um não existe sem o outro! Falar deles é falar de amor, de união, de acolhimento, de partilha, de troca, de aprendizado, de empatia. Ao longo de tantos finais de semana, várias mãos unidas colhem, separam e entregam alimentos a quem tem fome. Fome não somente de alimento, mas também fome de amor, de fé, de confiança, de respeito. É imensurável a gratidão por saber que toneladas de alimentos foram levadas e consumidas por pessoas das quais não conhecemos suas histórias ou nomes. Mas isso se torna irrelevante quando vemos sorrisos gratos, olhos brilhantes ao terem a certeza da partilha a cada domingo com o alimento vindo da Xepa Solidária. Incontáveis são os momentos com a presença da fé e da bênção da espiritualidade - seja na coleta, na separação ou na entrega. Fazer o bem a quem precisa, dispor do tempo para se doar a algo tão grandioso, sacia a alma e traz a certeza de que jamais será um tempo em vão.
Na última semana, mais uma colheita produtiva e distribuída para quem precisa. Ao todo, 541,10kg de frutas, legumes e verduras foram recolhidos com nossos feirantes parceiros. Desse número, 454,8kg foram destinados à Feira Solidária. Já 11,7kg foram para a Cozinha da Vó, como apoio de insumos na produção da Marmita Solidária. Para a Compostagem TVB, foram entregues 44,6kg de resíduos orgânicos 🥕