Edição #58
- Terreiro Vovó Benta
- 11 de out.
- 7 min de leitura
3 de out. de 2025 à 9 de out. de 2025
Nesta semana, o Terreiro Vovó Benta foi palco de momentos de profunda conexão e aprendizado. Entre as giras repletas de fé e axé e o acolhimento constante dos projetos sociais, esportivos, terapêuticos e culturais, o grande destaque foi o COTECI – Congresso de Terapias Complementares e Integrativas, em sua última edição no formato que conhecemos. 💫
Foram horas imersivas de trocas e descobertas — da noite de sexta ao longo de todo o sábado — abordando a saúde em todas as suas dimensões: espiritual, cognitiva, energética, física, emocional, ocupacional, vocacional e social. Cada fala e dinâmica foi conduzida por pessoas profundamente dedicadas às suas áreas de estudo, promovendo um encontro de saberes e práticas que unem ciência, espiritualidade e cuidado.
O domingo encerrou com a encantadora Festa das Nações, celebrando culturas de todo o mundo através da arte, da culinária e das cores. Foi um convite à união e à diversidade — um lembrete de que o amor e o conhecimento não conhecem fronteiras. 🌍✨ Que sigamos abertos ao aprendizado e às novas formas de cuidar de nós e de quem amamos. Até o próximo outubro — de uma forma nunca vista! 💜
Giras
Gira de Segunda (Mãe Lilian) - Relato por Pai Luiz de Oxóssi
Em uma noite fria, o Terreiro Vovó Benta iniciou seus trabalhos com uma profunda reflexão da Mãe Lilian sobre o desencarne e o conceito da “Boa Morte”, segundo os ensinamentos da Vó Benta, alertando que os espíritos, em seu leito de passagem ou em manifestações posteriores, não se apegam a bens materiais, mas sim a arrependimentos por não terem expressado amor ou buscado o perdão em vida. A essência do aprendizado é a urgência de viver o amor intensamente hoje e se libertar das mágoas por meio do perdão, lições que serão aprofundadas no congresso COTECI deste ano, cujo tema “Ser, Estar e Sentir” é um convite ao desenvolvimento pessoal e mediúnico de todos os filhos.
A gira de Umbanda foi aberta pela Vó Benta, que reforçou a necessidade de valorizar as pessoas e os sentimentos do coração em detrimento do material, ensinando que a vida é um ciclo de serviço mútuo, no qual todos têm sua função. Em seguida, os Caboclos (Seu Caiã, Seu Serra Negra e Seu Guaraci) trabalharam em conjunto com os Pais de Cabeça dos médiuns, oferecendo passes e descarrego, seguidos pelo acalento e limpeza das Iabás e pela energia dos Curumins no bate-folhas, encerrado pela força de Nanã Buruquê, que levou embora as mágoas.
Os guias espirituais, incluindo Seu Serra Negra e Vó Benta, exortaram a corrente à união, à colaboração e à celebração das diferenças, mantendo a mesma intenção de amor, caridade e fé, reafirmando que a tenda está sob a proteção dos Caboclos e Exus.
Na segunda parte da gira, com os Baianos, Vó Benta assumiu a condução ao lado de Seu Zé Pretinho e Tio Antônio, culminando em sua lição mais importante: a gratidão e o perdão mais essenciais devem ser dirigidos ao próprio espírito. A Vó ensinou que o milagre e o Axé só se manifestam com a fé e a permissão interna do indivíduo, pois a força divina reside em cada um — “Orixá é você!”. O autoamor, a autoaceitação e a gratidão ao próprio corpo e sentimentos são o caminho para a luz e para a concretização de qualquer desejo, pois a existência só ganha força quando a pessoa se abraça e se reconhece como a luz de Deus.
Saravá a Vovó Benta!
Gratidão por mais uma gira maravilhosa.
Gira de Quinta-Feira (Mãe Lilian) - Relato por Capitão Alan de Ogum
A gira desta quinta-feira começou com um convite da Mãe Lilian para olharmos para dentro, com carinho, responsabilidade e consciência. A reflexão inicial trouxe um tema atual e profundo: a saúde da mente e da alma. A Mãe explicou que, para termos um “cérebro feliz”, é preciso cuidar da espiritualidade e também do corpo, lembrando que o equilíbrio verdadeiro vem de todas as dimensões do ser. Falou sobre o quanto negligenciamos nossos próprios pensamentos, nossa saúde mental e emocional, e que o cuidado com o espírito também passa pelo autocuidado físico.
Com seu jeito leve e firme, ela lembrou que “não existe alma saudável dentro de um corpo adoecido, e nem corpo que resista quando a alma está cansada”. O chamado foi claro: que cada um busque esse equilíbrio — seja na fé, na rotina ou nas pequenas escolhas do dia a dia. Reforçou que cuidar de si é um ato de amor e espiritualidade, porque quem se conhece, se cura; e quem se cura, cura os outros.
A primeira parte dos trabalhos trouxe uma vibração diferente das habituais. Em vez do Seu Curumataí, quem veio conduzir os trabalhos foi a Vó Benta, acompanhada de Pai Inácio, ambos em uma roupagem mais velha, mais ancestral, como se trouxessem na voz o eco do tempo e da sabedoria das primeiras matas. Lembraram que a ideia de que, quanto mais velho se está, mais perto da morte se está, não é uma verdade. Vó Benta brincou: “Qual a diferença entre um espírito que habita um corpo velho e uma criança?”.
A presença deles preencheu o terreiro com uma serenidade profunda. Os passes, que normalmente são conduzidos pelos caboclos de Ogum, foram realizados pelos pretos velhos incorporados na corrente. Em volta da pira de fogo, unindo firmeza e doçura em cada movimento, Vó Benta conduziu os trabalhos de cura.
Mesmo com a intensidade das energias, o clima era de amparo e acolhimento. Durante os atendimentos de maca, era possível sentir que cada prece ecoava em sintonia com o que a Mãe havia falado — sobre o cuidado com o corpo, com o pensamento e com o espírito. Os pretos velhos mostraram que não há cura completa sem serenidade interior.
Após o intervalo, a segunda parte seguiu com a vibração dos Caboclos de Oxóssi, conduzindo os atendimentos da assistência. Mas Vó Benta permaneceu presente, observando e sustentando o trabalho invisível que, como a própria Mãe lembrou ao final da gira, “eles sempre fazem, mesmo quando a gente não vê”.
Vó Benta voltou a falar, e foi impossível não se emocionar com a sabedoria das palavras: que o caminho certo é sempre o caminho do coração, que a fé não se mede pela pressa, e que “ninguém está sozinho, porque quando o corpo cansa, é o espírito que segura”.
A lição que ficou ecoando no terreiro foi simples e poderosa: a fé também é feita de cuidado — com o corpo, com a mente e com o coração.
Projetos esportivos
Dança do ventre 🧿🌙
As cores tomaram conta da nossa aula de dança do ventre nesta segunda-feira! 💃✨Ainda estudando as danças do Golfo, nossas bailarinas vestiram trajes típicos e se encantaram dançando Khaleege. No ensaio, seguimos aprofundando os passos dessa dança, que será uma das coreografias apresentadas na Festa das Nações.
Dança cigana 💃✨
E na aula de segunda-feira, outubro trouxe muito movimento, ensaios e um encontro cheio de motivações e superações! 💃🏼🌹A Arte Cura! Na Dança Cigana Artística, participaram 14 alunas!
Movimenta Caboclo
No Movimenta Caboclo, trabalhamos movimentos aeróbicos e um circuito funcional com cinco estações, incluindo agachamento postural, polichinelo adaptado, jump, treino para fortalecer peitoral e core com flexão de braço adaptada, e abdominal canivete. A aula começa com aquecimento, termina com alongamentos e, durante todo o treino, é repleta de muita risada e brincadeira, tornando o exercício divertido e motivador para todos os participantes.
Projetos terapêuticos
Terapias integrativas 🕉️🧘♀️
As terapias integrativas promovem equilíbrio físico, mental, emocional e energético, proporcionando relaxamento, clareza e revitalização. Ao mesmo tempo, o trabalho voluntário leva esses cuidados à comunidade, fortalecendo a solidariedade e criando uma rede de apoio. No Terreiro Vovó Benta, essas práticas acolhem e cuidam de cada pessoa, inspirando bem-estar e conexão interior!
Esta semana, os atendimentos aconteceram desta forma:
💜 Equipes lavanda e capim limão: 24 voluntários
🫂 Atendimentos presenciais: 35 atendimentos
↔️ Atendimentos à distância: 117 atendimentos
Projetos Sociais
Feira/Xepa Solidária 🍎🤍
A Xepa Solidária é uma ação contínua de amor, consciência e partilha.
Realizada por voluntários do TVB, a iniciativa acontece semanalmente nas feiras livres de Curitiba, onde alimentos que seriam descartados ganham um novo destino.
Após a coleta, os alimentos são cuidadosamente triados e separados, garantindo que cheguem em boas condições às famílias que mais precisam. A distribuição é feita nas comunidades do Bairro Alto e do Jardim Acrópole, no Cajuru, fortalecendo laços, promovendo solidariedade e combatendo o desperdício.
🍆 Coleta Mercado Regional do Cajuru: 282,35kg
🥦 Coleta Feira Mercês (Praça 29 de Março): 150,05kg
🥬 Total da Coleta: 432,40kg
🌱 Destinados a compostagem: 25,30kg
🥗 Distribuídos para comunidade: 407,10kg
🍅 Voluntários participantes: 16 voluntários.
Cada fruta, cada legume, cada gesto conta — e juntos seguimos transformando aquilo que pouco é visto em sustento, e solidariedade em movimento. Para fazer parte deste movimento, basta falar com nossa secretaria pelo whatsapp ou buscar por algum filho TVB!
Marmita Solidária 🍲🤍
O projeto Marmita Solidária segue levando alimento e carinho às comunidades do Bairro Alto, e no centro de Curitiba em parceria com o programa Mesa Solidária da Prefeitura de Curitiba. Semanalmente, são distribuídas mais de 700 refeições, preparadas com dedicação por mãos voluntárias que acreditam que compartilhar é um ato de amor. 💜🍲
Projetos culturais
Crochêterapia 🧶🪡👐
Entre fios, risadas e boas conversas, o Crocheterapia se reúne às terças e sábados, às 15h. Ali, o artesanato é apenas o começo — o que se tece mesmo são relações, pertencimento e cuidado mútuo. 🧵💞
Leia+ 📚💛 + Biblioteca Pai José
Laços Eternos é uma emocionante história sobre amor, reencarnação e o poder transformador do perdão.
Psicografado por Zibia Gasparetto e ditado pelo espírito Lucius, o livro revela como os vínculos de afeto e as dívidas do passado se entrelaçam através das vidas, conduzindo os personagens por um profundo processo de aprendizado e reconciliação espiritual.
Com linguagem leve e tocante, a obra nos lembra que nada se perde no tempo: os verdadeiros sentimentos e experiências retornam sempre, para que possamos evoluir e amar com mais consciência. 💞✨
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